Dina morreu por não receber oxigênio. Uma morte brutal, dolorosa, e completamente evitável. Mas Salvador não estava preparada. Ou melhor, não quis estar. Porque a cidade está estruturada para multar, não para salvar. E essa é a receita que ACM Neto deixou e que Bruno Reis mantém com fidelidade.
A arrecadação bate recordes, mas os hospitais seguem à míngua. As câmeras multiplicam-se, mas os profissionais da saúde desaparecem. Dina morreu sufocada, e essa morte foi o resultado direto de escolhas políticas. Escolhas que preferem boletos a balões de oxigênio.
Essa Salvador da multa fácil e da morte lenta é o que nos resta enquanto seguimos sendo governados por quem só se importa com números — e nunca com nomes.
